Desde 1996 que um entendimento mundial do tipo não era celebrado na OMC. Originalmente, apenas 29 países tinham um acordo de isenção tarifária para comercialização de alta tecnologia. Agora, com o novo acordo, cerca de 97% dos países envolvidos na produção e comercialização de tecnologia de ponta serão beneficiados.
O acordo ganhou força no sábado, quando os EUA fizeram algumas concessões à China, que viabilizaram outros acordos do governo de Pequim junto à Coreia do Sul e União Europeia.
A ausência do Brasil no acordo se dá pela política protecionista do governo à indústria do País. Como declarou à Folha o presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Humberto Barbato, “caso fisesse parte do acordo de isenção fiscal, não existiria mais indústria eletroeletrônica no país”, citando os baixos preços dos itens chineses, os altos custos de produção no Brasil e o câmbio valorizado dos últimos anos.
Por outro lado, mesmo com o impacto cambial e o peso que a carga tributária tem na competitividade da indústria de ponta brasileira, é inegável que estar fora desse acordo coloca o Brasil à margem do resto dos líderes do planeta. dos Brics, apenas a Índia partilha da posição isolacionista do Brasil.


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