Com vídeo em alta, explode o tráfego de dados móveis no mundo

O tráfego global de dados móveis deve atingir 52 milhões de terabytes (TB) este ano, o que representará um aumento de 59% em comparação com 2014, revela estudo divulgado pelo Gartner, nesta quinta-feira, 23/07. Esse impulso expressivo deverá prosseguir até 2018, quando a consultoria projeta que o volume de dados móveis vai atingir a marca de 173 milhões de TB.
Para Jessica Ekholm, diretora de pesquisa do Gartner, as conexões 3G e 4G vão pular de 3,8 bilhões em 2015 para 5,1 bilhões em 2018. O consumo de vídeos é o grande motor dessa migração do sistema 2G para os 3G e 4G. Uma pesquisa feita pelo Gartner, com usuários alemães e americanos, mostra que os hábitos de uso dos dispositivos móveis são distintos entre os dois paíes.
De acordo com a diretora de pesquisa do Gartner, os usuários alemães, em comparação com os norte-americanos, são mais restritivos com os planos de dados e, por conta disso, menos propensos a assistir vídeos ou consumir grandes quantidades de dados por meio de seus smartphones. Trinta e oito por cento dos entrevistados alemães disseram que só possuem velocidade de 500 MB em seus planos de dados. E, em média, os alemães transmitem 10,6 minutos por sessão de vídeo pelo celular em comparação com os 17,4 minutos dos norte-americanos.
Quando questionados se esperam ter acesso a uma rede Wi-Fi para baixar um app ou ter acesso a vídeos, 54% dos alemães disseram que sim, em comparação com os 36% dos norte-americanos. E ao contrário do que se pensa não são apenas as crianças e os jovens adultos que se fascinam pelo streaming de vídeo.
Nos Estados Unidos, por exemplo, 47% das pessoas com idade entre 45 e 54 anos passam entre 15 minutos ou mais nos aplicativos de vídeos. Segundo ainda o Gartner, o You Tube, do Google, está sendo cada vez mais usado para a transmissão e vídeos de longa duração. "Não se vê mais diferença entre assistir um vídeo curto ( com menos de cinco minutos) ou um longo com mais de 30 minutos, especialmente nos Estados Unidos", diz a executiva do Gratner.
*Com informações do Gartner

